As plantas, assim como nós, precisam de nutrientes para se desenvolver adequadamente. As raízes crescem e se espalham justamente para encontrar e absorver essas vitaminas. Ao todo são 17 minerais essenciais para elas: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre (os principais, chamados de macro-nutrientes); e ferro, manganês, boro, molibdênio, cobre, zinco, cobalto (que são os micro-nutrientes); e em pequenas quantidades o cloro e o alumínio; já que em demasia podem se tornar tóxicos. Fora isso elas retiram o carbono, hidrogênio e oxigênio da água e do ar.
Este guia trata do jardim como um todo. No caso de árvores frutíferas o manejo pode ser um pouco diferente. Por isso estou preparando para breve um post específico sobre como adubar corretamente o seu pomar; aguarde.
No ciclo natural das coisas, as plantas crescem, morrem, se decompõem devolvendo nutrientes para o solo para que outras plantas os utilizem, mas nós colhemos, desmatamos e por aí vai. É preciso dar uma ajuda para que nosso jardim se desenvolva adequadamente. E é aí que entra a adubação.
Leia este post até o final e aprenda quando adubar, como adubar, adubos orgânicos e químicos e até como fazer seu próprio adubo líquido.
Existem muitos tipos de adubos (fertilizantes), divididos basicamente entre a adubação orgânica (natural) e a química.
Mas antes de aplicar uma ou outra, um componente importantíssimo deve ser utilizado: o calcário.
Calcário
Ele corrige a acidez do solo e melhora bastante a capacidade de absorção de nutrientes dos demais adubos pelas plantas, além de adicionar cálcio e magnésio.
O solo ácido não permite que as plantas absorvam corretamente os nutrientes das adubações, fazendo com que joguemos tempo e dinheiro fora. Pesquisas facilmente encontradas no Google, de fontes confiáveis, apontaram em 30% no mínimo a perda de adubação em solos muito ácidos. 30% de tempo, dinheiro e esforço perdidos.
Para saber se o solo onde iremos plantar é ácido, só mesmo fazendo testes laboratoriais. Porém, é sabido que a maior parte do solo brasileiro, em especial o de São Paulo e estados do Sul são naturalmente ácidos.
Na internet encontrei pesquisas de órgãos públicos da área de agricultura confirmando que à exceção do Nordeste, o solo do restante do país tem tendência a ser ácido.
Dito isso, a aplicação de calcário é imprescindível para o bom crescimento e resistência das plantas.
Exceto em espécies que preferem solos ácidos; Camélias, Azaleias e Rododendros, por exemplo. Por isso pesquise para saber se a espécia prefere solo ácido ou não.
Quando aplicar o calcário
O ideal é aplicar cerca de dois meses antes do plantio. Para quem já tem uma horta, vale a pena aplicar uma vez por ano como forma de manejo adequado, neste caso em menores quantidades nas reaplicações.
Nem sempre é possível fazer isso com tanta antecedência. Eu mesmo já espalhei calcário sobre o solo de um canteiro, com muitas plantas antigas, apenas afofando o solo, sem necessariamente incorporar; a reação foi positiva (apesar de não ser o ideal).
Qual a quantidade correta e o modo de usar o calcário?
A dose depende do tamanho de onde irá plantar. A quantidade correta de calcário é a que possa ser espalhada uniformemente na superfície do solo para depois ser incorporada numa profundidade de aproximadamente 20 cm.
Caso não seja possível incorporar, é possível aplicar apenas na superfície, sem problemas. O resultado pode ser tão bom quanto, segundo artigos técnicos sobre o tema encontrado facilmente na internet.
Não adianta exagerar, pois ao invés de ajudar pode prejudicar sua plantação. Ao contrário do húmus de minhoca, o calcário em excesso pode fazer mal. Use com moderação.
LEMBRETE: o calcário só reage com água. Por isso, caso o local aplicado não receba água da chuva, não esqueça de regar, mesmo que ainda não tenha nada plantado.
Seja qual for a adubação escolhida – Orgânica ou Mineral (química) –, a aplicação de calcário vai potencializá-la, melhorando o resultado e compensando seu esforço, que dependendo do tamanho do seu jardim ou quantidade de vasos, é bem grande.
NPK
Os adubos químicos (também chamados de fertilizantes químicos ou adubos minerais) são vendidos como fórmulas de NPK. A mais comum é a 10-10-10, que como os números mostram, contém partes iguais de Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K).
Essa fórmula pode ser usada em todas as plantas, mas pessoalmente utilizo nas que não tem flores nem frutos. Para flores e frutíferas (que precisam de mais potássio e fósforo) a fórmula mais comum é a 4-14-08.
O que significa e para que serve o NPK?
O NPK é associado a adubos químicos, mas as letras representam apenas as propriedades dos nutrientes principais necessários para nossas plantas.
Em linhas gerais, veja as características de cada letra e a importância delas para as plantas:
N (Nitrogênio) – É o responsável pela ‘parte verde’, vamos dizer assim; que são as brotações, os caules e as folhas, ajudando no crescimento e vigor das folhagens.
P (Fósforo) – É o nutriente responsável por dar energia às plantas, estimulando surgimento e força de flores e frutos. Plantas que demoram a florir e a dar frutos certamente estão com deficiência de fósforo.
K (Potássio) – Esta letra é responsável pelo fortalecimento dos tecidos das plantas, tornando-as mais resistentes à pragas, frio, seca e mudanças climáticas em geral, além de ajudar e incentivar o crescimento e fortalecimento das raízes.
Qual combinação de NPK devo usar?
Geralmente as fórmulas mais comuns de NPK são as seguintes:
NPK 8-8-8 – Fórmula específica para plantas delicadas; bromélias e orquídeas, por exemplo.
NPK 10-10-10 – Esta combinação pode ser definida como a padrão. Com certeza se perguntar para vendedores de plantas qual o melhor adubo, 90% indicarão o 10-10-10, inclusive para frutíferas (o que não é o ideal), a não ser que a pessoa realmente conheça um pouco mais do que vende.
NPK 04-14-08 – Esta sim é a formulação ideal para estimular flores e frutos. Ela contém mais potássio e (principalmente) fósforo.
NPK 20-20-20 – Esta combinação é voltada para árvores e plantas de grande porte.
Por fim temos a 20-10-10 ou 20-05-20 voltada para a adubação de gramados.
Veja mais detalhes abaixo na seção “como adubar” para saber a forma correta de uso.
A quantidade vem sempre especificada na embalagem e varia de planta para planta. A quantidade utilizada num vaso de morangos será bem menor do que a que colocaremos numa árvore frutífera de dois anos, por exemplo. Geralmente o rótulo mostra inclusive a quantidade indicada para cada idade da planta. 100 gramas para uma árvore de 1 ano, 200g para uma árvore de 2 anos e assim por diante.
Se não tiver nenhum rótulo, siga o bom senso: use pouco! Espalhe grãos suficientes para ‘salpicar’ o entorno da planta. Em se tratando de adubação, principalmente química, menos é mais! Você pode matar uma planta por excesso, não se esqueça disso.
Adubação orgânica
Na fertilização natural, chamada de orgânica, também temos de fornecer para as plantas o Nitrogênio, o Fósforo e o Potássio. A diferença é que a velocidade de liberação/absorção pelas plantas é mais lenta do que em relação à química. Resumindo, a química/mineral não é melhor que a orgânica, é apenas mais rápida. E não apenas mais rápida. Em excesso ela pode contaminar lençóis freáticos. Eu prefiro utilizar adubos químicos apenas em plantas que não são para o consumo e que de preferência estejam em vasos. Nos canteiros prefiro adubos naturais.
E esses adubos orgânicos que costumo usar são:
Húmus de minhoca
As minhocas são essenciais para a qualidade do solo. Quanto mais minhocas encontramos, melhor a qualidade daquele solo (e as plantas agradecem bastante). O Húmus é o excremento das minhocas; riquíssimo em matéria orgânica decomposta. Elas basicamente comem folhas, restos de alimentos, etc que se tornam húmus depois de digeridos pelas milhares de bactérias presentes no intestino delas.
Os seguintes nutrientes são encontrados no húmus: Nitrogênio (N) para as folhas, Fósforo (P) para flores, frutos e Potássio (K) para raízes e para o fortalecimento do sistema imunológico das plantas, tornando-as mais resistentes à pragas, doenças e mudanças climáticas.
Se você tiver de escolher apenas um adubo orgânico, escolha o húmus. E o melhor é que se você errar na dose, o excesso de húmus não faz mal!
A maneira correta de utilizar é espalhar na superfície e afofar delicadamente a terra, sem necessidade de cavar. Se tiver disponível na hora do plantio não há nenhum problema em adicionar diretamente nas covas das plantas.
Esterco de aves
Rico em Cálcio, Fósforo, Magnésio, Nitrogênio e outros nutrientes, melhora bastante a qualidade do solo e o desenvolvimento das plantas. Evidente que é um esterco já devidamente curtido, por mais de dois meses, adquirido em agropecuárias ou lojas de jardinagem.
Por ser muito forte (mais forte que o esterco de gado e cavalo) deve ser usado em pequenas quantidades; o excesso pode até matar a planta.
De preferência deve ser bem misturado com a terra duas ou três semanas antes de plantar. Caso queira adicionar após o plantio, a quantidade deve ser menor ainda e deve ser aplicado longe do caule.
Na hora do plantio, abra uma cova bem mais funda que o torrão da planta e adicione uma grande quantidade no fundo, cobrindo com uns 10, 20cm de terra e só depois coloque a planta. Meses depois, quando as raízes se desenvolverem e encontrarem o esterco, ele já estará ainda mais curtido e incorporado ao solo, beneficiando ainda mais sua planta.
Farinha de Osso
Um excelente fertilizante orgânico, rico em cálcio (que corrige a acidez do solo) e fósforo (essencial no desenvolvimento de caules e raízes) além de outros nutrientes, em quantidades menores. Este adubo é feito com ossos bovinos, incinerados até a queima total e depois resfriados e moídos. Os cães são atraídos pelo cheiro da farinha de osso, então certifique-se se cobrir com terra e proteger a planta adubada. Ela não faz mal para os animais, mas os estragos que eles podem fazer para encontrar a fonte do cheiro não são nada agradáveis.
Torta de Algodão
Mais um ótimo fertilizante natural, riquíssima fonte de nitrogênio, fósforo, potássio e outros micronutrientes. Sua liberação de forma lenta atua como condicionador de solo, provendo um aumento considerável do nível de matéria orgânica. A combinação com a Farinha de Osso é uma das melhores adubações que podemos fazer.
Recomendo que use a Torta de Algodão ao invés da Torta de Mamona (mais fácil de ser encontrada, infelizmente) pois esta última é tóxica e pode ser fatal se for ingerida por animais de estimação.
Cinzas de madeira
As cinzas são uma excelente fonte de potássio e também diminuem a acidez do solo, tal como o calcário. Por isso devem ser evitadas em plantas que preferem terra ácida como Azaleias, Camélias e Mirtilos, por exemplo.
As melhores são obtidas ao queimar madeira de lei, que rende mais.
Mas ATENÇÃO: Não use cinzas de papelão, embalagens ou madeira pintada, já que esses tipos de materiais contêm substâncias químicas que podem fazer muito mal para as plantas.
Se você é adepto da compostagem, aproveite e misture cinzas sobre as camadas da composteira. Elas também ajudam na decomposição e enriquecem ainda mais seu futuro adubo.
Podem ainda ser incorporadas em solos argilosos, descompactando a terra.
E tem ainda mais vantagens: para combater lesmas, pulgões, taturanas e outras pragas, jogue as cinzas ao redor da planta, neste caso sem incorporar na terra. Se chover, jogue de novo.
A única planta que devemos evitar o uso de cinzas como adubo, além das citadas acima, é a Batata. Pesquisas apontaram que as cinzas ajudam no desenvolvimento de uma praga conhecida como “Sarna de batata”.
Cascas de ovos
Quer economizar e fazer seu próprio adubo? Use cascas de ovos! Elas são ricas em cálcio, magnésio e potássio e podem ser usadas no momento do plantio, sendo incorporadas ao solo, ou apenas espalhadas na cobertura das plantas, em vasos ou não.
Para usá-las, separe as cascas e lave-as para retirar resquícios de gema e clara. Quando tiver uma quantidade razoável (uma ou duas dúzias) coloque todas no liquidificador ou processador e bata até formar uma farinha bem fininha. É essa farinha que você vai utilizar.
Se preferir, antes de triturar, coloque as cascas no forno por 1 minuto, apenas para que sequem completamente.
Qual a quantidade certa para cada adubo
Com exceção do húmus, que pode ser usado sem medo em qualquer quantidade, os demais adubos, mesmo naturais, podem matar suas plantas se usados em quantidades muito grandes. A tabela abaixo mostra recomendações de utilização deles para cada metro quadrado do seu jardim:
Calcário: 200 gramas
Composto orgânico (galhos, folhas e alimentos decompostos): 1 kg
Esterco de aves (frango, galinha, peru): 1 kg
Esterco de gado: 5 kg
Esterco de coelho: 5 kg
Farinha de osso: 100 a 300 gramas
Torta de algodão: 100 a 300 gramas
Cinzas de madeira: 500 gramas
Escolha um dos tipos de esterco e misture com o calcário, composto orgânico, farinha de osso, torta de algodão e cinzas. Terá um excelente substrato para um excelente desenvolvimento das suas plantas, principalmente horta.
Como adubar as plantas
Comprou uma nova planta ou está na hora de transplantar uma muda? Ou quer apenas dar uma mãozinha para as que já estão no seu jardim? Vamos adubar!
Antes de plantar
É o momento ideal de preparar o terreno ou vaso para receber plantas dentro de algumas semanas.
Remova restos de outras plantas, raízes e detritos do solo, deixando a terra bem fofa.
Adicione Esterco de aves ou de gado.
Espalhe um pouco de Calcário, o suficiente para cobrir o espaço.
Se preferir (e tiver) adicione um pouco de farinha de osso, torta de algodão e húmus.
Agora é só misturar tudo e regar (ou deixar a cargo da chuva, se tiver certeza de que ela virá) e deixar o solo descansar.
Após duas ou três semanas, é só plantar.
No momento do plantio
Abra uma cova equivalente ao dobro do tamanho necessário para a planta escolhida, tanto na altura quanto na largura. Não basta apenas abrir um buraco estreito do tamanho do torrão e pronto. Esta é a maneira errada, pois as raízes crescem também para os lados.
Adicione um pouco de terra vegetal, esterco, calcário, húmus, farinha de osso e torta de algodão. Se tiver vermiculita, que deixa o solo mais aerado e absorve água e adubos por mais tempo, ótimo, adicione também.
Agora posicione sua planta da forma desejada e complete com a mistura feita acima. Se quiser, use um pouco de húmus na cobertura do solo.
Se for usar adubos químicos NPK (a quantidade varia de planta para planta, conforme embalagem do adubo adquirido) coloque apenas nas bordas e no fundo cobrindo com terra em seguida. Se não tiver indicação de quantidade, use grãos suficientes para espalhar na borda do espaço disponível. ‘Espalhar’, não ‘preencher’. É bom usar luvas para não ter contato com o adubo químico. Cubra os grãos com um pouquinho de terra.
Regue generosamente (se não tiver previsão de chuva). Se a planta estiver em vaso, regue até a água sair pelos furos do fundo, como explicado em nosso post sobre como plantar corretamente em vasos.
Adubar plantas já plantadas, incluindo em vasos
Para plantas que estão direto no solo use a copa, a parte do topo, como referência. Cave um círculo ao redor da planta no local onde a copa faz sombra, longe do caule. Se for uma planta estreita deixe uma distância de 30 ou 40 cm do caule e cave.
Se for adubar plantas em vaso, não tem opção, basta cavar cuidadosamente nas bordas com o uso de um ancinho ou mini pá. É normal encontrar raízes. Podemos cortar essas raízes que estiverem quase ou já nas bordas.
Retire um pouco de terra, fazendo uma pequena cova de uns 10 cm de profundidade, empurrando essa terra para perto do caule – após a adubação ela será novamente recolocada na cova. Ou então descarte a terra, caso queira usar uma melhor. Caso as raízes já estejam muito grandes, grossas e não for possível cavar, sugiro que use apenas adubo orgânico, acima da terra mesmo, ou opte por adubos líquidos (veja mais abaixo como fazer seu próprio adubo líquido).
Agora é só espalhar (sem exagerar) o NPK na cova, ao redor de toda a planta, ou espalhar farinha de osso e torta de algodão, por exemplo, se tiver escolhido a adubação orgânica.
Eu costumo adicionar um pouco de esterco de aves, caso não tenha feito isso antes de plantar ou tenha feito há mais de um ano, mais ou menos.
Se possível (e se não tiver feito isso antes) espalhe também um pouco de calcário, tanto na cova quanto mais perto do caule.
Agora é só cobrir tudo com uma terra de boa qualidade e húmus de minhoca, se tiver.
Regue generosamente ou deixe esse trabalho para a chuva.
Quando adubar?
Eu não gosto de exagerar e prefiro fazer três adubações no ano, com metade da quantidade recomendada nas embalagens (a não ser na Primavera que é onde elas aproveitam mais os nutrientes), nos seguintes períodos:
No início da Primavera (importantíssima, já que muitas estão despertando após o inverno, principalmente se estiver em regiões onde o inverno de fato é frio (temperaturas de 10 graus ou menos). Se quiser adubar apenas uma vez por ano, escolha fazer isso na primavera, que é quando as plantas estão mais “acordadas e famintas”.
Três ou quatro meses depois, no Verão, onde grande parte das plantas está em pleno desenvolvimento. Neste caso a quantidade já deve ser menor.
E no meio do Outono, fornecendo principalmente Potássio, que ajuda as plantas na preparação para o frio que irá aumentar/chegar e a repor nutrientes perdidos com as fortes chuvas ocorridas na estação anterior (verão).
O clima é outro item de máxima importância. Evite fazer adubação em semanas de tempo seco, pois não há absorção adequada do produto, que também não será diluído por completo na terra. A não ser que você mesmo possa regar bem o jardim na frequência necessária.
E no Outono procure evitar adubos com maior teor de nitrogênio; que estimula novas brotações numa época em que as plantas se preparam para entrar em dormência. O correto nessa época do ano é investir na promoção de Potássio.
Entre essas adubações uso repelentes foliares, ou seja, aplicados nas folhas através de pulverizadores (ou borrifadores, caso tenha poucas plantas). Uso óleo de neem e fumo, para prevenir e combater pulgões, cochonilhas e outras pragas. Mas falaremos disso num post específico. Essa pulverização pode ser quinzenal ou mensal, sem encharcar as folhas.
Cobre e Enxofre
As plantas adoram e precisam também de aplicações foliares de cobre e enxofre. Costumo pulverizar ambos uma vez por mês (exceto no inverno). Principalmente em cítricos, uvas, pêssegos, maçãs, tomates e pepinos (exceto em Bromélias e Orquídeas, que são mais sensíveis). Além de fortalecer as plantas contra pragas, evita e trata o aparecimento de ácaros, oídio, míldio e outros fungos.
O cobre aumenta a resistência das plantas a doenças, além de ser importantíssimo na fotossíntese e na formação de flores e frutos.
Já o enxofre, em conjunto do Nitrogênio, Fósforo e Potássio, faz parte dos nutrientes altamente necessários, estimulando o desenvolvimento vegetativo e a frutificação das plantas. O crescimento raquítico e amarelecimento das folhas são sintomas de falta de enxofre.
Pessoalmente uso Forth Cobre e Enxofre Dimy. São marcas reconhecidamente confiáveis e disponíveis em quase todas as lojas de jardinagem.
Adubos líquidos
Você pode usar apenas adubações líquidas para não ter o trabalho de cavar, incorporar, etc. Mas tenha em mente que ela é menos eficaz e duradoura que a adubação via solo. Mas nem por isso deve ser usada em excesso, pois pode ser ineficaz e fazer mal para as plantas.
Adubos líquidos podem ser aplicados com mais freqüência, claro. Ao invés de três meses o intervalo entre as pulverizações pode cair para um mês. ATENÇÃO: Apesar de muitas embalagens de adubos líquidos recomendarem aplicações semanais ou quinzenais, use adubo foliar apenas uma vez por mês, no maximo! E para aplicar, regulo o jato do borrifador/pulverizador de modo que o líquido se transforme numa nuvem, não em jatos. Aplique a uma distância de 30, 40cm das plantas e não esqueça de borrifar o verso das folhas.
Mais um lembrete: adubos foliares devem ser usados sempre antes da floração. E no caso das frutíferas, aplicar antes da floração. Depois das flores, chegam os frutos e você ainda pode dar uma força para que eles se formem, fazendo mais uma aplicação foliar apenas quando os frutos estiverem com o tamanho de uma pequena azeitona. É só! Mais do que isso é exagero e desperdício, além de facilitar o surgimento de pragas que se aproveitam do excesso (desnecessário) de nutrientes.
Para flores, por exemplo, a periodicidade pode ser semanal, antes da floração. Se já estiverem florescendo não é o ideal, mas se mesmo assim quiser adubar, nunca borrife nas flores diretamente, apenas nas folhas; ou opte por usar o adubo na rega. Existem excelentes opções de marcas conceituadas como Dimy e Forth com adubos líquidos específicos para flores, frutos e folhagens em geral.
Adubos de liberação lenta
Se você quer optar pela adubação química e não quer ter muito trabalho, existe uma linha chamada “Osmocote”, que é bem mais cara, mas sua durabilidade é bem maior.
Os grãos se desfazem bem lentamente, podendo durar de 3 a 6 meses, dependendo do clima. Pelo fato de dissolver lentamente, não machuca as raízes das plantas. Mas é forte e deve ser usado em pouca quantidade, indicada sempre na embalagem (eu uso sempre menos do que a dose recomendada, por precaução). Pode ser usado até em orquídeas que são bem sensíveis.
Escolha de preferência a fórmula que contenha tanto os macronutrientes (Nitrogênio, Fósforo e Potássio) quanto micronutrientes como (Magnésio, Enxofre, Magnésio, Boro, Cobre, Ferro, Manganês, Molibdênio e Zinco).
Como se recuperar de uma adubação em excesso
Tudo que é demais faz mal. Com adubo não é diferente.
Se dias depois de adubar sua planta ostentar novas manchas amarelas ou marrons, ou parecer fraca e tombada, você exagerou na dose.
Para se recuperar de uma superadubação sugiro que você:
Remova as folhas doentes/danificadas;
Enxágue a planta com mangueira, regulando para um jato suave, com cuidado para não machucá-la ainda mais;
Regue abundantemente, sem jatos fortes, até a água sair pelo fundo do vaso por cerca de cinco minutos. Se estiver no canteiro, regue por cinco minutos se a planta for pequena ou dez se for de grande porte. Dessa forma há esperanças de que o excesso de adubação seja levado pela água. Que é o mesmo princípio de quando chove muito forte no mesmo dia em que adubamos. Muita coisa será perdida.
Como fazer adubo orgânico líquido
As plantas adoram essa dica! Use um balde ou uma garrafa PET e adicione 1kg de adubo para cada 10 litros de água. No caso de garrafas pequenas, 100 gramas para cada litro. Use um funil ou papel dobrado para facilitar.
Essa mistura é também chamada de chorume, que neste caso é chorume bom e não aquela água podre liberada nas lixeiras.
O ideal é variar a alimentação, usando num mês o esterco de aves; no mês seguinte a farinha de osso; e no próximo torta de algodão ou húmus. Se não quiser ter tanto trabalho assim, faça de dois em dois meses ou mais. Mas faça, vale a pena.
Misture bastante uma vez por dia. No quarto dia, não precisamos misturar mais e já podemos regar as plantas sempre com cuidado de não molhar o caule. Molhe as bordas ou na distância da copa (que pode ser vista pela sombra que a planta tiver no meio-dia, quando o sol está exatamente acima dela).
O cheiro não é muito agradável, mas as plantas adoram, pode ter certeza.
Você pode também misturar com um pouco mais de água e borrifar nas folhas. Neste caso é melhor colocar o dobro de água e coar para não entupir o pulverizador. Faça isso nas horas mais amenas; ao amanhecer ou depois das 17 horas.
ATENÇÃO: O adubo para se fazer o chorume deve ser alternado sempre! Por exemplo, usar cinza de madeira num mês e no outro também. Não faça isso. Esse líquido serve principalmente para enriquecer o solo; a repetição, além de não fornecer outros nutrientes para o solo e consequentemente para as plantas, pode fazer até mal. Se tiver de repetir algum adubo no chorume, faça apenas uma vez, totalizando duas vezes num mesmo ano. Só!
Outro adubo que podemos produzir em casa é o chorume proveniente da compostagem doméstica. Mas isso é assunto para outro post.
É isso.
Rodrigo, tenho uma gata que rola no jardim e na horta. Depois, se lambe toda. Que tipo de adubo seria seguro? Meus girassois e meu tomateiro estão com oidio e não sei o que usar, sem fazer mal a gatinha.
Olá Francine! Você pode usar torta de algodão (substituindo a torta de mamona, perigosa para gatos e cães), além de farinha de ossos, esterco de gado curtido (que é melhor que o esterco de aves na questão do cheiro, atraindo menos a atenção dos PETs) e húmus de minhoca. Todos esses fazem muito bem para as plantas e são seguros caso os animais queiram “experimentá-los”. Para tratar o oídio nos tomateiros pode usar uma mistura de 200 ml de leite integral e completar com 800 ml de água, borrifando todas as folhas (frente e verso) ao entardecer ou em dias… Leia mais »
Rodrigo, realmente o que você postou tirou várias dúvidas e gostaria que tirasse mais esta: constantemente leio que o indicado para adubação de uma cova é 30 gramas de NPK para 150 gramas de esterco de gado. Não uso qualquer tipo e adubo químico. como posso substituir estas 30 gramas de NPK?
Olá! Cada fabricante recomenda uma quantidade diferente, então não saberia dizer com certeza quantos gramas de cada adubo orgânico seriam necessários pra substituir o equivalente em ‘NPK’ inorgânico. Na questão de equivalência de orgânicos para químicos encontrei engenheiros agrônomos explicando que, por exemplo, 1000 quilos de NPK seriam equivalentes a 666 kg de esterco bovino, mas disseram que o tempo que o orgânico libera os nutrientes varia. Por exemplo o potássio é mineralizado, ou seja, se torna disponível para as plantas, mais rápido que o fósforo, então é uma conta complexa de se fazer. De qualquer forma vou te passar… Leia mais »
Parabéns pelo conteúdo! Certamente vou guardar pra consultas futuras 🙂
Mas fiquei com uma dúvida… O bokashi é um adubo equilibrado, ou é mais forte em algum aspecto? Pergunto pois vi em algumas fontes a recomendação de 10-10-10 pra árvore da felicidade (Polyscias fruticosa), mas já tenho bokashi e queria saber se a substituição seria equivalente.
Obrigado!
Olá Igor! Diferente dos adubos orgânicos simples, como farinha de osso e esterco, por exemplo, que enriquecem a terra e precisam de um tempo maior para começar a liberar os nutrientes para as plantas, o Bokashi começa a agir muito mais rápido e libera esses nutrientes de forma mais constante. Por isso costuma ser bem mais caro que os outros. Só precisa ficar atento à composição do Bokashi, já que hoje em dia existem muitas formulações diferentes, o que resulta em números diferente de nitrogênio, fósforo e potássio. Eu não usaria o químico NPK 10-10-10 e Bokashi ao mesmo tempo.… Leia mais »
Rodrigo, muito bom o seu trabalho. Parabéns.
Valeu Edinaldo!
Obrigado pela aula. Estou vendo suas dicas a partir de Moçambique, África. Mas gostaria de saber em que intervalos de tempo posso adubar a cebola,o tomateiro, a couve, alface e beterraba!?
Olá Raimundo! Eu que agradeço a visita! No caso de hortas eu costumo usar uma adubação tradicional (esterco, farinha de ossos etc) no momento do plantio e depois de 1 mês uso de forma líquida, para não precisar mexer revolver a terra e “incomodar” a formação da cebola, beterraba… O adubo líquido pode ser usado uma vez por semana (se estiver muito calor e precisar de rega todos os dias) ou de duas em duas semanas. Para fazer é simples, uma parte de adubo pra 10 de água no máximo, então com 500 gr ou 1 kg de esterco de… Leia mais »
Como o proprio nome diz, o adubo organico e natural, sua composicao e de materia organica, residuos de animais e vegetais. O fertilizante natural e colocado na terra e ao se decompor libera nutrientes, extraidos das folhas, ossos e fezes de animais. O adubo organico e o mais indicado por ser natural e nao ter adicao de quimica, mas mesmo assim, enriquece o solo, eleva a resistencia das plantas, evitando o aparecimento de pragas, doencas e ajuda o solo a armazenar maior quantidade de agua. As desvantagens do adubo organico e que o processo de liberacao dos nutrientes e mais… Leia mais »
Olá Paulo, valeu! Vamos ver se consigo te ajudar: 1) O chorume pode sim ser usado em gramados. O que eu recomendaria seria o que usa esterco de aves ou de gado intercalado com o de húmus de minhoca (uma vez por mês, ou mais espaçado se seu gramado for muito grande). Se usar cinzas, farinha de ossos e outros adubos similares, talvez os nutrientes não sejam muito aproveitados, a não ser que em meio ao gramado você também cultive árvores frutíferas ou arbustos com flores, por exemplo. O NPK 10 10 10 é uma opção padrão, vamos dizer assim,… Leia mais »
Obrigada pela matéria. Me ajudou muito.
Esta página é a melhor que já encontrei. Estou começando a aprender sobre jardinagem agora e tenho muitas dúvidas. Depois de ler essa postagem e outras sinto que encontrei um norte. Obrigada. Seu trabalho é ótimo!!!
Obrigado pelas palavras, Ana!
Olá,
Faço de suas palavras as minhas!
Amei o post; ótimo! Parabéns e obrigada!!
Que bom Adriana! 🙂
Ola Rodrigo!estou amando suas dicas,minha duvida é:calcario de conchas é
bom?
Oi Vera! Calcário de conchas é excelente, pode usar sem medo.
Bacana Rodrigo, bem elucidativa a aula, meus parabéns! Também me amarro em plantas, inclusive participo de um concurso da jardins na minha cidade. Não sei por que, mas deletaram meu comentário, então farei novamente minhas perguntas: 1) Qual adubação você recomenda para gramado (grama São Carlos)? Tenho medo das adubações orgânicas pelo risco de conter sementes de ervas daninhas, então tenho optado pelo 10-10-10 em dias chuvosos. Já usei terra adubada, mas não obtive grandes resultados. Se eu fosse usar aquele chorume que você indicou, devo diluir ou usar naquela concentração mesmo? 2) O que você sugere para adubar as… Leia mais »
Acho que deu problema no sistema de comentários, mas consegui resolver e já vi/respondi suas perguntas no comentário anterior. 🙂 Abraços
Muito bacana o post. Pela extensâo e variedade de temas abordados vê-se logo a paixâo pelas plantas, parabéns ! Cheguei aqui buscando informacões sobre adubação (orgânica) após chuva, tinha dúvidas sobre eficácia da mesma uma vez que é mais complicado desmanchar os torrões para incorporaração do composto.
Muito bom o post, parabéns! Também me amarro em plantas, participo de um concurso de jardim na minha cidade. Umas dúvidas, Rodrigo, se não for abusar da sua boa vontade: 1) Esse chorume que vc recomenda pode ser usado sobre o gramado nessa concentração 1/10 ou preciso diluir um pouco. Costumo usar npk 10-10-10 em dias chuvosos, 2x ao ano, e ultimamente tenho urinado sobre ele, excelente resultado, mas acredito que eu só esteja fornecendo nitrogênio dessa maneira. 2) Tenho um vaso de barro com columéia peixinho. A planta fica em local com claridade, mas sem luz solar direta, exceto… Leia mais »
Em primeiro lugar, quero te dar os parabéns pelo post, é um dos melhores, ou até mesmo o melhor que já tive oportunidade de ler, porém ainda tenho uma pequena dúvida. Ontem preparei um vaso com NPK (usei o Forth frutas, pois era o único que eu tinha), nesse vaso irei plantar mudas de cebolinha de folha. O que eu tenho dúvida, é que eu reguei, após adubar. Quando posso colocar as mudas nessa terra e até lá, devo regar todos os dias essa terra, mesmo sem as plantas? Muito obrigada por sua atenção
Olá Inês! Fico feliz que o post tenha te ajudado. Pena eu ter tido problemas para só agora ver seu comentário. O Forth frutas, por ser químico, não deve ter contato direto com as raízes logo ao aplicar, então o ideal é você plantar antes, espalhar o adubo ao redor da muda, bem na borda do vaso, e regar bastante. Mas no seu caso, onde o adubo já foi misturado na terra, o ideal seria aguardar um mês para plantar algo no vaso. Claro que cada espécie reage de uma forma. Algumas podem nem ligar para a força do adubo… Leia mais »
Outra pergunta, ré plantei uma mangueira de enxerto e ela tá seca, vi que estão saindo 2 brotinho se verde se na parte de baixo do caule principal, o que vc recomenda usar pra ajudá-la? Na cova só usei terra mais nada e coloquei a uns 2 meses NPK …
Essa muda enxertada estava muito pequena? Se os brotinhos estão surgindo apenas no chamado "cavalo" (o porto enxerto) e a parte superior secar completamente, significa que o enxerto não pegou. Mas se apenas algumas folhas estiverem secas não há problema. Basta regar para manter o solo úmido e misturar um pouco de húmus de minhoca na terra. Não recomendaria usar NPK granulado neste momento, até que a planta esteja forte e saudável novamente. Além de misturar um pouco de húmus de minhoca, você pode produzir um chorume saudável (ou biofertilizante). Para isso basta misturar 100 gramas de esterco de aves… Leia mais »
Oi, tudo bem? Tenho uns cítricos (limão siciliano e kaffir, Lima e laranja bahia) , também curry, jabuticaba e amora em vaso, usei para elas condicionador clase A , húmus,cinza,, calcário e NPK, nas doses recomendadas na embalagem, queria saber se no início da primavera posso usar a mistura de adubo orgânico que vc indicou la encima (esterco,osso,húmus,algodão e cinza) e no início do verão também ? E se posso usar bio bokashi liguido a cada 15 dias diluído 15ml/1lt? Obrigada
Olá Dete! Agora no outono/inverno, aproveite para podar suas frutíferas, removendo os galhos secos. E se possível faça uma pulverização com Enxofre, dando um banho em toda a planta, principalmente no tronco. Esse "banho" de Enxofre, específico para agricultura, que pode ser encontrado em lojas de jardinagem ou agropecuárias, é importante para combater ácaros e outras pragas que usam os caules para se abrigar no tempo frio. Quanto à adubação pode continuar a usar o bio bokashi líquido sim, mas pode ser mensalmente ao invés de a cada 15 dias. Até porque você fará aquela mistura orgânica citada, então elas… Leia mais »
Cara!! Que aula!
Olá tudo bem, tenho cultivo de mudas de Rosa do deserto, recentemente troquei o substrato de várias mudas em sua maioria de 6 meses a 8 meses, comprei um substrato pronto bem drenante e turbine com mais carvão triturado terra e húmus de minhoca, depois fui ver alguns cultivadores desta planta me informaram que não é bom colocar húmus de minhoca pois da muita umidade isto procede, ahh depois coloquei um pouco de cascas de ovo triturada com cascas de banana seca triturada e borra de café.
Olá Nelson! A Rosa do Deserto gosta de terra bem aerada, que não acumule água, então o húmus em excesso realmente pode atrapalhar. Bem como as cascas de banana e ovos sem que estejam totalmente decompostas. O ideal é misturar apenas terra peneirada com areia e um pouco de húmus e da borra de café. Deixar no sol e regar uma vez por semana se estiver calor (temperaturas na casa dos 30 graus). Agora no outono/inverno, se estiver no sul ou cidades de clima mais ameno no sudeste, a rega pode ser bem mais espaçada; uma vez a cada duas… Leia mais »
Adorei seu post, muito esclarecedor. Continue o bom trabalho !!!
Muito obrigado Jose!
Boa noite Rodrigo, preciso da sua ajuda eu tenho muitas rosas do deserto e elas estão muito feias, os botões não abrem pois apodrecem e caiem. Na parte inferior das folhas ficam todas Com lesões escura nas nervuras…
Olá Marlete! Tive problemas técnicos aqui no site, por isso a demora em responder, me desculpe! Vamos ver algumas possibilidades para tentar resolver os problemas da sua Rosa do Deserto (em breve farei um post dedicado à ela aqui): Se o caudex (caule) estiver mole é sinal de que está faltando água; ele deve estar sempre firme. Então aumente o número de regas. Você comentou sobre as folhas; se todas estiverem feias, sugiro também uma poda radical, em todos os galhos, na diagonal. Corte cerca de um terço de cada galho e depois aplique canela em pó nos cortes. E… Leia mais »
Bem detalhado , Parabens!
Obrigado Nereu!
Rodrigo, bom dia!
Tenho encontrado dificuldades em esclarecer dúvidas sobre o uso de adubos na minha horta agroecológica para consumo familiar se posso e ou devo usar ou não. A nossa região é Cerrado. Se possível me ajude esclarecer são eles: O magnésio, o enxofre, FTE BR 12, Sulfato de Cobre, Sulfato de Potássio, Urina de vaca. E por fim o Salitre do Chile.
Uso esterco de gado.
Ficarei imensamente feliz se puder me ajudar.
Abraços
Olá Tarcisio! Tive problemas técnicos aqui no site, por isso a demora em responder, me desculpe! Vamos ver se consigo ajudar. Basicamente os adubos mais fáceis de encontrar são ricos em Nitrogênio, Fósforo e Potássio, que são os principais nutrientes que as plantas precisam, os chamados macronutrientes. Além deles precisam de Cobre, Magnésio, Enxofre, Boro etc. Portanto para que seu solo se torne mais fértil, precisa ser enriquecido preferencialmente com matéria orgânica, isso é, adubos naturais, ao invés de adquirir os famosos 10-10-10 já prontos que ajudam também, mas a longo prazo podem deixar a terra mais pobre. Além do… Leia mais »
Esqueci de falar do Salitre e da urina de vaca que você mencionou. Salitre do Chile costuma ser caro para aplicações em grandes áreas, mas já testei em plantas ornamentais, como Azaleias e hortas. Não percebi grandes vantagens a médio e longo prazo então parei. Mas se tiver, pode usar pequenas quantidades em conjunto com os demais adubos (farinha de osso, húmus etc). E a urina de vaca (segundo informativos de agricultura orgânica que encontrei) possui fenóis, hormônios e outras milhares de substâncias com quantias de nutrientes bem superiores ao esterco de gado. Isso fortalece o sistema de defesa das… Leia mais »
Rodrigo, bom de mais ! Aprender com você, estou começando a plantar qualquer dúvidas vou falar com vc.
Fique à vontade, Ivone! Terei o maior prazer em tentar ajudar 🙂
muito esclarecedor este artigo. parabéns! só uma duvida, quando planto uma muda de frutífera, quando tempo depois já posso fazer adubação química e qual adubo usar?
Olá Washington! Depende de como plantou sua muda. Se no berço da planta já usou esterco, calcário, farinha de osso etc, pode deixar a adubação para a próxima primavera. No caso, para meados de setembro/outubro de 2018. Se plantou direto na terra, sem nenhum composto adicional, pode utilizar adubação orgânica, enchendo um balde com 5 litros de água e 500 gramas de esterco + 500 de farinha de osso + 50g de calcário e 500 de torta de algodão (ou torta de mamona se tiver animais de estimação). Misture um pouco diariamente e após 3 ou 4 dias, regue bastante… Leia mais »
Excelentes suas Valiosa e esclarecedora orientação sobre os adubos. Parabéns pelo artigo e, sobretudo, pela sua disposição em partilhar experiência. Abraços e Viva a vida!
Obrigado Tarcisio! Abraços
Boa noite, primeiro parabéns pelo site, achei muito bom e bem abrangente, tirou varias de minhas duvidas. Gostaria de saber se podemos molhar os pes de frutas, principalmente cítricos nos meses que não chove. Algumas pessoas falam que a planta esta adormecida nesses meses e isso seria prejudicial. Na realidade esse procedimento ajuda ou atrapalha a planta.
Obrigado.
Boa noite, Sidnei, Obrigado pela mensagem, seja sempre bem-vindo por aqui! Meus posts se baseiam na experiência pessoal, pesquisas, e posso te garantir que mesmo as plantas que entram em dormência no inverno (frutíferas ou não) apreciam bastante as regas. Moro em uma região que recebe muita chuva, mesmo no inverno, e não tenho como evitar que Hortênsias, Roseiras, pés de Pêssego, Caqui, Uva (que perdem folhas e 'dormem') e também os pés de limão, lima e tangerina, que não chegam a dormir, mas diminuem consideravelmente as atividades, sejam drasticamente atingidos pela chuva. Sem falar nas plantas bulbosas, que muitos… Leia mais »